Depressão pós-parto: problema atinge até 15% das mães

G5
0 Total Twitter 0 Facebook 0 Google+ 0 Filament.io 0 Total ×

Problema que atinge de 10% a 15% das mulheres, a depressão pós-parto se caracteriza por uma tristeza que aparece algumas semanas após o nascimento do bebê.  Essa sensação de tristeza vai ficando cada vez mais intensa a ponto de tornar a pessoa incapaz de exercer as mais simples tarefas do dia a dia.

Problema que atinge de 10% a 15% das mulheres, a depressão pós-parto se caracteriza por uma tristeza que aparece algumas semanas após o nascimento do bebê.  Essa sensação de tristeza vai ficando cada vez mais intensa a ponto de tornar a pessoa incapaz de exercer as mais simples tarefas do dia a dia.

É comum que exista também apatia e desinteresse por tudo que a cerca.

O transtorno é diferente do blues puerperal, que acomete até 60% das mulheres, e é caracterizado por uma tristeza que aparece aproximadamente três dias após o parto e pode ter duração de uma ou duas semanas. Os principais sintomas do blues são: mudanças repentinas de humor, perda do apetite e sentimento de solidão.

Diferentemente do blues, na depressão pós-parto os sintomas ocorrem com mais força e têm maior duração. Os sintomas são a falta de interesse sexual, ganho ou perda de peso, baixa autoestima e isolamento social.

Os primeiros sinais da depressão pós-parto aparecem, aproximadamente, após três dias no caso do blues e uma semana no caso da depressão. E a duração do transtorno varia. No caso do blues, dura em média de uma a duas semanas. Já no caso da depressão pós-parto, pode durar meses.

Segundo a psicóloga clínica Sílvia G. Barros, qualquer mulher pode desenvolver o transtorno. Porém, aquelas que possuem histórico anterior de depressão ficam mais vulneráveis a desenvolver depressão pós-parto.

Tratamento

A medicação é fundamental para tratar a depressão pós-parto. Embora algumas depressões desapareçam espontaneamente, uma porcentagem significativa se torna crônica. E, caso não seja tratada, pode virar uma depressão leve, chamada distimia. Outra forma de tratar a doença é a psicoterapia, que ajuda a mulher a lidar de maneira mais saudável com o problema.

A participação da família é muito importante para superar o problema. Em primeiro lugar, compreendendo a situação. Depois, oferecendo ajuda, levando a mulher ao médico ou psicólogo e buscando informações para não tratar uma situação importante como algo cotidiano ou simples demais.

Prevenção

Mas, nem tudo está perdido. Existem “dicas” pré-parto que podem ajudar a mulher a enfrentar o momento pós-parto, tais como:

– Durante a gravidez não tente abraçar o mundo. Reduza seus compromissos o máximo possível, e não se esqueça da sua saúde, da boa alimentação e do descanso.

– Faça cada coisa no seu momento. Não reforme a casa ou radicalize em nada antes dos seis meses do bebê.

–  Aproxime-se de outros casais que estão esperando um filho, ou que tenham tido recentemente. O intercâmbio de experiências, de informações e ideias sempre é positivo.

–  Participe das aulas de pré-parto. É muito importante para você e seu marido. A informação dará a vocês mais segurança e conhecimento.

–  Se alguma vez sofreu uma depressão, comente com seu médico sobre isso. É necessário estar atento a uma possível aparição de qualquer sinal de ocorrência de depressão pós-parto.

–  Compartilhe as tarefas domésticas e do cuidado com o bebê com seu marido. Aprenda a pedir ajuda!

–  Após o parto, não deixe de se cuidar. Alimente-se bem, saia com amigas, caminhe, durma bem, namore o marido, ou seja, viva!

–  Evite situações que provoquem irritabilidade e cansaço demasiado.

–  Se notar algum sintoma de depressão, busque logo um médico. Ele ajudará a controlar e a superar a depressão.

Sintomas da depressão pós-parto

Conheça os sintomas da depressão pós-parto e informe seu médico, caso identifique algum deles:

–  Tristeza constante, especialmente na parte da manhã e/ou à noite;

–  Sensação de que não vale a pena viver e de que nada de bom vem pela frente;

–  Sensação de culpa e de responsabilidade por tudo;

–  Irritabilidade e falta de paciência com parceiro e filhos;

–  Choro constante;

–  Exaustão permanente, acompanhada de insônia;

–  Incapacidade de se divertir;

–  Perda do bom humor;

–  Sensação de não conseguir lidar com as circunstâncias da vida;

–  Enorme ansiedade em relação ao bebê e busca constante por garantias, por parte de profissionais de saúde, de que ele está bem;

–  Preocupação com sua própria saúde, possivelmente acompanhada pelo temor de ter alguma doença grave;

–  Falta de concentração;

–  Sensação de que o bebê é um estranho e não seu próprio filho;

–  Perda de libido;

–  Falta de energia;

–  Problemas de memória;

–  Dificuldade para tomar decisões;

–  Falta ou excesso de apetite;

–  Noites de sono interrompido.

O que leva à depressão pós-parto?

Não se sabe ao certo o que leva uma mulher a ficar deprimida depois do parto. No entanto, algumas situações podem aumentar o risco de a mulher apresentar a doença. Saiba quais:

–  Já ter passado por uma depressão antes;

–  Depressão durante a gravidez;

–  Parto difícil;

–  Perda da própria mãe na infância;

–  Parceiro ou família ausentes;

–  Nascimento de um bebê prematuro ou com problemas de saúde;

–  Problemas financeiros, de moradia, desemprego ou perda de um ente querido.

Deixe seu comentário

Seu e-mail não será publicado.


*


0 Total Twitter 0 Facebook 0 Google+ 0 Filament.io 0 Total ×