Uso de medicamentos durante a gravidez: Cuidado!

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Que a gestação é um período que implica muitos cuidados e atenção redobrada com a saúde da futura mamãe e do bebê não é novidade. Entretanto, ainda assim há quem reserve dúvidas sobre o que pode ou não ser consumido nessa fase, principalmente quanto ao uso de medicamentos.

A gravidez não deve ser encarada como doença, mesmo porque não é, e a gestante não pode se cercar de medos, porém, é preciso ter consciência que há um novo ser se formando no ventre. O feto se alimenta do que a mãe consome, e a placenta, órgão que tem dentre suas várias funções transferir nutrientes da mãe para o bebê, não filtra as substâncias nocivas ingeridas por ela. Assim, o bebê em formação ainda não tem capacidade de metabolizar a química de algumas medicações, por exemplo, o que pode ser fatal ou causar a ele malformações gravíssimas.

O exemplo mais conhecido dessas medicações é a Talidomida, droga lançada nos anos 50, utilizada como sedativo, que encantou as mulheres grávidas, à época, por ser muito eficaz contra os incômodos enjoos do início de gestação. Apesar de parecer um “parceiro” para as grávidas, devido ao grande número de bebês que sofreram mutações ainda no ventre, no início de sua comercialização, descobriu-se que tem grande potencial teratogênico (provoca malformações no feto) e seu uso além de apresentar risco a vida do feto, faz com que os bebês nasçam sem braços ou pernas, por exemplo.

Devido ao risco de seu uso durante o período gestacional, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária criou um blog chamado Talidomida: Apoio Orientação e Informação, onde é possível encontrar muitas informações sobre esse medicamento. Mas, não é somente essa medicação que apresenta riscos ao feto.

Existe uma vasta lista de drogas que tem seu uso vetado às gestantes, dentre elas estão:

  • Ibuprofeno: tem efeito anti-inflamatório e é considerado um dos mais populares do mercado. Pode provocar aborto espontâneo.
  • Captopril: utilizado para controle da pressão arterial, é uma medicação letal ao feto por provocar falência renal.
  • Tetracilina: antibiótico que enfraquece os ossos do bebê e provoca manchas acinzentadas nos dentes
  • Lítio: seu uso se dá para tratamento do transtorno bipolar. Causa no feto problemas cardíacos.
  • Isotretinoína: princípio ativo do famoso Roucutan, que é usado no tratamento contra acne, quando chega ao feto por meio da placenta  pode causar lesões nas orelhas, deficiências de visão, mentais e de audição, além de lesões no coração que podem levar à morte.
  • Aspirina: medicação muito conhecida, vendida sem prescrição médica, mas, que pode causar danos tanto a gestante quanto ao feto. As consequências de seu uso podem ser hemorragias, em ambos, e aumento do tempo gestacional.

Vale lembrar que esses são apenas alguns exemplos de medicamentos que apresentam risco s se utilizados durante a gravidez, e que todo e qualquer remédio que for utilizado durante o período gestacional, com fim terapêutico ou não, precisa ser receitado pelo médico.

Não podemos desconsiderar os casos em que as futuras mamães se valem de medicações de uso contínuo, como por exemplo as diabéticas ou hipertensas, que, se não estiverem com essas patologias devidamente controladas, estão oferecendo riscos ao feto e à sua própria vida da mesma forma. Assim, é importantíssimo o acompanhamento médico durante a gestação, pois, ele, único habilitado a receitar tratamentos às gestantes, vai indicar o remédio ideal ou pelo menos o menos nocivo a ser usado nessa fase.

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