Quais as chances do meu filho utilizar as células-tronco coletadas na hora do parto?

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O assunto congelamento de células-tronco do sangue do cordão umbilical é parte das conversas entre futuras mamães e papais, e comumente está presente nas salas de espera de consultórios obstétricos ou nas de clínicas de ultrassonografia, onde casais gestantes se encontram.

Nestas ocasiões, surgem muitas dúvidas sobre o tema: quais as chances de meu filho utilizar esse material biológico? Qual o tempo de preservação desse material? E se meu filho desenvolver uma doença na fase adulta, ainda poderá utilizar estas células? Que doenças podem ser tratadas com o uso das células-tronco?

Estudos desenvolvidos por cientistas ao redor do mundo já provaram que as células-tronco representam a possibilidade para o tratamento de doenças ainda consideradas incuráveis. Uma pesquisa recente, publicada pelo Centro Internacional de Pesquisa em Sangue e Medula (CIBMTR), revelou que uma em cada 400 pessoas pode vir a usar suas células-tronco do cordão umbilical no tratamento de doenças, como a leucemia.

Esse índice ainda pode ser considerado baixo, quando se pensa na proporcionalidade de armazenamento e no uso de fato; no entanto, a coleta e o armazenamento das células-tronco do cordão umbilical representam uma possibilidade de tratamento para o caso de surgirem doenças futuras, como linfomas, falências de medula-óssea, imunodeficiências e doenças autoimunes.

O início dos estudos no mundo acerca da coleta e do armazenamento de células-tronco do cordão umbilical é relativamente novo: data de 1991 em países europeus, e, no Brasil, se iniciou apenas em 2001.

Apesar das descobertas recentes, nestes anos a medicina regenerativa tem avançado a passos largos, e essa evolução tem aberto novas perspectivas a casais gestantes que decidem investir na possibilidade futura da terapia celular.

A medicina ainda não tem todas as respostas, como o tempo de congelamento (ou a criopreservação) das células-tronco, já que podem ser armazenadas por décadas. Mas a medicina regenerativa tem apostado nas chances de utilização e na importância da prevenção, dadas as possibilidades da medicina.

A busca por um doador compatível pode levar em média seis meses, já que as chances de compatibilidade é de 1 em 100 mil nos bancos de medula óssea. Caso os pais optem pela preservação das células-tronco nos bancos privados, esse material fica disponível para utilização imediata. Se o paciente for a própria pessoa da qual foram colhidas as células do sangue do cordão umbilical, não há risco de não serem compatíveis.

O serviço de congelamento de células-tronco do sangue de cordão umbilical não pode ser entendido como um seguro de vida. O que gostamos de enxergar nos pais que contratam o serviço é o otimismo com relação ao desenvolvimento da ciência e dos novos tratamentos, a consciência de que as chances atuais de utilização das células-tronco de seus filhos neles próprios ainda são muito remotas, mas que futuramente deverão não ser.

A informação é, sem dúvida, uma excelente aliada para a decisão. Pais e familiares devem avaliar todos os aspectos em questão na hora do nascimento de um filho.

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