O passo a passo do processo de criopreservação de células-tronco

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Há alguns anos realizam-se diversas pesquisas a fim de provar a eficácia das células-tronco no tratamento de diversas doenças consideradas incuráveis pela medicina atual. Estudos já comprovaram os benefícios da atividade regenerativa das células-tronco de cordão umbilical, em especial.

Pensando nisso, muitos pais já se adiantam e procuram uma orientação profissional sobre o processo de criopreservação, que consiste em armazenar as células-tronco em temperaturas baixas de forma que elas preservem suas funções biológicas. Assim, as células podem ser utilizadas futuramente para o tratamento de alguma doença que a criança poderá desenvolver.

Para que esse processo seja realizado, uma série de procedimentos devem ser aplicados para que tudo ocorra corretamente e as células sejam preservadas. Sendo assim, logo após o nascimento do bebê o cordão umbilical é conectado através de uma agulha a uma bolsa de sangue, onde as células serão armazenadas.

Todo o sangue existente no cordão umbilical, em média 100 ml, é coletado para a bolsa de coleta. A bolsa, contendo o material retirado do cordão umbilical, é mantida em recipiente térmico com temperatura entre 4 e 24 ºC. O recipiente é lacrado ainda no local do parto para garantir a inviolabilidade do material até a chegada ao laboratório de processamento. O transporte dura no máximo 36 horas.

Quando o sangue chega ao laboratório é centrifugado para que haja a separação da parte rica em células-tronco, denominada de buffy coat, que em seguida é transferida para uma bolsa apropriada para suportar temperaturas ultra baixas. São adicionados ainda elementos químicos crioprotetores que propiciarão a segurança das células durante a fase de congelamento e durante o período que permanecerão criopreservadas. A bolsa é então congelada até -90ºC em aproximadamente 1 hora. A amostra congelada vai para os tanques de criopreservação, onde permanece em temperaturas entre -180 e -196 ºC.

Segundo alguns estudos realizados, as células retiradas do cordão umbilical podem permanecer armazenadas, sem perder sua viabilidade, por décadas em estado de criopreservação. Isso ocorre pois as baixas temperaturas do local de armazenamento pausam o metabolismo das células. Por meio da criopreservação o material pode ser preservado por vários anos até a sua utilização para tratamentos medicinais.

Caso sejam úteis para um tratamento de saúde, para retirar as células-tronco do local de armazenamento, os médicos e a família devem realizar a solicitação das células criopreservadas. A bolsa contendo o sangue será retirada do tanque e transportada até o hospital onde será realizado o tratamento terapêutico.

É importante ressaltar que o processo de coleta do sangue do cordão umbilical e da criopreservação é totalmente indolor, tanto para a mãe quando para o bebê.

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