Planejamento financeiro antes da chegada do bebê

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A notícia de que um bebê está chegando sempre mobiliza a família. Avós, irmãs e cunhadas montam logo uma enorme lista de coisa para fazer – leia-se, comprar! São roupinhas, assessórios, utensílios para alimentação, berço, decoração do quarto, e por aí vai. Mas a maioria dos casais não se prepara financeiramente para a grande ocasião.

É até comum que um fundo de reserva para emergências esteja na lista. Entretanto, uma estruturação financeira mais detalhada, prevendo os gastos com o mais novo membro da família, geralmente é deixada de lado. Só que ela é muito mais importante do que as pessoas imaginam.

É preciso lembrar que haverá gastos médicos ou com plano de saúde; que a lista de supermercado será acrescida de alimentos especiais e fraldas para a criança, e que o consumo com remédios, brinquedos, vestuário e educação tende a aumentar com o passar dos anos.

Quem não é mãe de primeira viagem já conhece bem os desafios. Mesmo assim, raramente esse planejamento é colocado no papel e isso pode levar ao descontrole das contas do casal. Essa desordem é perigosa, pois leva ao endividamento e ao pagamento de juros e outros encargos que podem minar o orçamento familiar.

 Primeiro passo

Segundo a economista Érika Leal, conselheira do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo, a primeira providência a ser tomada ao receber a notícia de que um novo membro vem chegando à família é discutir o orçamento. Se o casal já possui filhos e os pais já estão acostumados com a rotina de uma criança em casa, a tarefa tende a ser mais fácil.

De maneira geral, o que ocorre com a chegada de um filho é que os gastos serão redirecionados e a rotina com a qual o casal está acostumado será alterada. Esse é o primeiro impacto. Depois, é preciso estar consciente de que os gastos deverão ser redimensionados e redistribuídos para incluir as necessidades do bebê. Que são muitas, por sinal!

Aquelas saidinhas noturnas, as viagens de fim de semana e outros prazeres da vida a dois tendem a diminuir. Em alguns casos, até deixar de existir completamente, pelo menos por um tempo. Mas há outras compensações, que os pais, especialmente os de primeira viagem, vão descobrindo e se apaixonando ao longo do tempo.

Erika também recomenda abrir uma poupança para a criança. Isso ajuda a guardar uma reserva para o futuro da criança ou para emergências. Caso haja uma folga no orçamento, a economista recomenda que o dinheiro seja aplicado em títulos de capitalização ou em previdência privada, pensando no longo prazo.

Confira algumas dicas: 

– Aproveite o período da gravidez para fazer muita pesquisa de preços dos itens necessários para o enxoval e para a decoração do quarto do bebê. Com tempo disponível, é possível encontrar alternativas mais econômicas.

– Uma opção para economizar nesse período é pegar emprestado roupas e sapatinhos com familiares e amigos que tiveram bebês recentemente. Esses são itens que quase não apresentam desgaste.

– Comprar produtos de segunda mão, como carrinhos, berços e outros móveis, também pode se revelar uma boa alternativa. Assim como as roupas, são produtos que geralmente se usa pouco. Pesquise em sites de compras e vendas de produtos usados.

– Mantenha a capacidade de poupar, seja cortando gastos ou incrementando a renda familiar. Ficar sem reservas pode ser complicado e perigoso.

– Ao fazer o orçamento doméstico, uma dica é dividi-lo em dois: um para a casa e outro para o bebê. Assim, é possível ver de forma mais clara como estão os gastos.

–  Aproveite o período de gestação para liquidar dívidas, chegando ao parto livre de cobranças que minem seu orçamento. Isso porque imprevistos acontecem e é bom estar preparado caso seja necessário adquirir uma nova dívida emergencial.

– Se vocês ainda não têm filhos, mas pretendem ter, especialistas recomendam que pelo menos dois anos antes o casal faça uma poupança mensal de 20% de sua renda, o que aumentará o poder de barganha no período da gravidez para as compras necessárias.

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