Gestantes não devem “comer por dois”, e sim cuidar da alimentação dos dois!

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Ser mãe é um desejo de muitas mulheres. Gerar uma vida é uma grande responsabilidade e necessita dedicação e amor. A gestação é um momento especial e entre os muitos cuidados que exige, destacamos a alimentação.

É importante saber que todos os alimentos ingeridos pela mãe serão também ingeridos pelo bebê. Por isso, o acompanhamento nutricional é indicado para sanar as possíveis dúvidas e seguir uma dieta personalizada, de acordo com o momento da gestação.

Nos primeiros três meses, não é necessário o aumento energético na dieta da futura mamãe, apenas manter uma boa rotina alimentar, conciliando com os exercícios físicos. Algumas mulheres falam em se alimentar por dois quando estão grávidas, o famoso “tenho que comer por duas pessoas”, mas não é bem assim. O indicado é controlar o ganho de peso, garantindo a saúde da mãe e do bebê. O ganho de peso ideal durante uma gravidez é de 11 a 16 Kg (IOM, 2009).

Durante a gestação, alguns micronutrientes são fundamentais. São eles: ferro (carnes, ovos, leguminosas, verduras), cálcio (leite e derivados, ovos) e ácido fólico (vegetais verdes escuros, cereais e frutas cítricas), esses nutrientes são responsáveis pela formação do bebê. É comum que ferro e ácido fólico sejam suplementados, pois não se consegue atingir o nível necessário apenas com a alimentação. A dica é conversar com o seu médico/nutricionista sobre a suplementação desses nutrientes.

Também existem alguns nutrientes que devem ser evitados, como adoçantes e açúcares em excesso, cafeína e álcool, que podem prejudicar o desenvolvimento adequado da criança. Outra recomendação importante é evitar o uso excessivo de sal, gorduras, embutidos e enlatados, pois esses alimentos possuem muito sódio e aumentam o inchaço do corpo. As grávidas devem optar pelos temperos naturais para o preparo dos alimentos: cebolinha, manjericão, hortelã, orégano, salsinha, azeite, cebola e alho, ou temperos prontos que são livres de sal e sódio. Os alimentos orgânicos são os mais indicados por serem naturais e sem agrotóxicos. Estes, em excesso, estão associados ao risco para eventos adversos na gestação, como parto prematuro e maturação inadequada (CREMONESE et al, 2012).

A alimentação durante a gravidez não deve ser encarada com um desafio, algo difícil de fazer, mas sim como algo benéfico que a mãe e o bebê levarão para o resto da vida. Uma alimentação equilibrada é importante em todas as idades para viver bem consigo mesmo, com mais saúde e disposição.

Raíza Fenandes de Mello

Nutricionista

www.especialnutre.com.br

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