De seus 26 anos de vida, Amanda Dantas Bianchi, empresária formada em Administração, viveu 25 deles sem saber exatamente a doença que tinha. Ela passou por muitos procedimentos, internações, foi privada de algumas coisas, mas, com um sorriso no rosto, conta que sempre teve ao seu lado pessoas muito especiais: a família e os amigos, que nunca mediram esforços para tornar sua vida a mais feliz possível.

E foi para agradecer a eles que, quando recebeu o diagnóstico correto, Amanda teve a ideia de organizar um “dia D” de doação de sangue entre os amigos e familiares, escolhendo o Criobanco para realizar esse ato de amor e solidariedade.

Quando os médicos disseram que a partir de então ela precisaria de transfusões frequentes de sangue total e plaquetas, a empresária passou a ter mais noção e consciência da importância da doação de sangue. Afinal, sua vida depende delas. O objetivo principal de Amanda era conscientizar as pessoas sobre a importância das doações de sangue, pois muitas vidas são salvas com esse gesto.

“Escolhi o Criobanco para realizar a campanha por três motivos: ter um ótimo espaço físico, comportando assim muitas doações; o atendimento exemplar. Os funcionários são muito educados e profissionais, tornando assim muito agradável todo o processo de doação; e a instituição mostrou-se totalmente solícita quando propus a ideia”, diz.

A doença

Amanda é portadora de Trombastenia de Glanzmann (TG), uma síndrome hemorrágica autossômica recessiva e rara, caracterizada por déficit de agregação plaquetária. Este distúrbio comumente manifesta os primeiros sinais de hemorragia durante o primeiro ano de vida da criança, em especial a hemorragia de mucosas como boca e nariz, que se tornam mais graves pela dificuldade no controle, hemorragias gastrointestinais e, muito raramente, cerebrais.

A hemorragia pode ser causada por um trauma ou por um evento aparentemente inofensivo, como espirrar, chorar ou tossir. Apesar de na maioria dos casos os sintomas hemorrágicos manifestarem-se rapidamente após o nascimento, a TG costuma diagnosticada mais tardiamente. Para Amanda, o diagnóstico correto demorou 25 anos: apenas em janeiro de 2015, a jovem foi diagnosticada como portadora da Trombastenia de Glanzmann por um laboratório do Rio de Janeiro.

A doença ainda não tem cura e o tratamento é basicamente uso de medicamentos para ajudar na coagulação sanguínea, transfusões frequentes de plaquetas e cuidados básicos para que não sofrer acidentes, como: cortes, escoriações, fraturas e hematomas. Toda e qualquer cirurgia também é evitada, salvo estritamente necessário.

Motivação

Após realizar a campanha pela doação de sangue, Amanda espera que as pessoas que puderam participar tornem-se multiplicadores das informações para que outras sejam conscientizadas sobre a importância da doação de sangue, especialmente a doação por aférese, uma modalidade menos conhecida, que coleta apenas as plaquetas do doador.

Para os amigos, familiares e todas as pessoas que se dedicam a doar sangue e serem multiplicadores, Amanda deixa uma mensagem: “o que fazemos por nós mesmos morre conosco, o que fazemos pelos outros e pelo mundo, permanece e é imortal”, Albert Pine.

Doação por aférese

O procedimento é menos conhecido do que a doação de sangue “comum”, aquela em que é retirada do doador uma bolsa de sangue, em média 400 ml. Aférese significa “separar” ou “retirar”. Portanto, através da doação por aférese é possível retirar apenas uma das células do sangue total.

O profissional responsável pela coleta, através de punção venosa em ambos os braços, conecta o doador a uma máquina que existe especialmente para realizar esse procedimento. Por centrifugação, a máquina separa o sangue do doador e retira somente as plaquetas, devolvendo as outras células. O processo dura aproximadamente 60 minutos, o que exige uma colaboração maior do doador ao paciente.

A doação por aférese é totalmente segura. Durante o procedimento, a máquina coleta 10% das plaquetas circulantes no organismo do doador. Quantidade que a medula óssea repõe facilmente em 24 horas. E as doações por aférese podem ser repetidas a cada 72 horas, sem prejuízo para quem doa. Em geral, as doações por aférese são feitas a partir da convocação do banco de sangue a seus doadores.

Torne-se você também um doador de vida! O centro de coleta do Criobanco fica no Hospital Santa Rita, avenida Marechal Campos, 1579, Santa Cecília, em Vitória. Nosso banco de sangue funciona de segunda a sexta, das 7h às 17h.

Mais informações: 3089-6000.