Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), espera-se que 2016 registre até 57.960 casos novos de câncer de mama, o segundo mais comum entre as mulheres, perdendo apenas para o de pele, e que responde por cerca de 25% dos novos casos a cada ano. Para amenizar essas preocupantes estatísticas, só há um caminho: investir na prevenção e no diagnóstico precoce da doença.

Por isso, em outubro a cor rosa ganha um significado mais que especial em todo o mundo, colorindo desde fachadas de monumentos históricos e empresas até a roupa das pessoas. É o chamado Outubro Rosa, movimento internacional que busca alertar homens e mulheres e evidenciar a importância dos cuidados para se evitar ou reverter o câncer de mama.

Descoberta precoce

Em 2013, Maria Senira da Silva Pereira, na época com 58 anos, encontrou um pequeno caroço na mama durante um exame de rotina. Logo os médicos começaram o tratamento com a quimioterapia e, por conta da descoberta precoce, a doença regrediu totalmente e não foi necessário passar pela cirurgia de retirada da mama. Este ano, porém, novos sintomas apareceram.

“Comecei a perceber um novo caroço e em pouquíssimo tempo ele começou a estufar e ficar aparente. Fiz a biópsia, que confirmou o tumor, e comecei imediatamente o tratamento. Estou na oitava sessão de quimioterapia e logo que terminar o ciclo, de 10 sessões, sigo para a cirurgia. Estou confiante que Deus me ajudará a encontrar a cura novamente”, conta a aposentada, que é paciente do Criobanco na área de medicina transfusional.

Assim como Maria Senira, muitas mulheres que enfrentam essa dura batalha, encontram a cura devido ao diagnóstico realizado ainda quando a doença está em estágio inicial. Essa atenção ao próprio corpo é fundamental, pois o câncer pode se desenvolver em velocidades diferentes, rápida ou lentamente, nas pessoas.  Vale ressaltar que, de acordo com o Inca, a maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres no autoexame.

Além de estar atenta ao próprio corpo, também é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos, grupo com maior incidência da doença, façam uma mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.

Principais sintomas

É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para isso, seja no banho, seja no momento da troca de roupa, seja em outra situação do cotidiano, e se atentem para qualquer alteração. Os principais sintomas do câncer de mama são:

• Caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor;
• Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
• Alterações no bico do peito (mamilo);
• Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
• Saída espontânea de líquido dos mamilos.

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