Probabilidade de utilização das células-tronco de cordão umbilical

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O serviço de criopreservação de células-tronco, difundido no Brasil e no mundo há pelo menos dez anos, já é conhecido por muitos casais grávidos, que agora contam com a alternativa de escolha quanto à possibilidade ou não do armazenamento desse material genético de seus bebês.

Seja para aqueles que decidem pelo armazenamento, seja para aqueles que optam em doar para bancos públicos, ou ainda quem prefere descartá-lo, o fato é que o assunto já faz parte das rodas de conversa de futuros pais e mães, mesmo que as opiniões possam ser divergentes.

Entretanto, independentemente da decisão, todos inevitavelmente num determinado momento fazem a mesma pergunta: qual a probabilidade de meu filho utilizar suas células-tronco de sangue de cordão umbilical?

Segundo estudo recente publicado pelo Centro Internacional de Pesquisa em Sangue e Medula (CIBMTR), atualmente 1 em cada 400 pessoas pode vir a necessitar de suas células-tronco do sangue de cordão umbilical até os 70 anos. Até a publicação desse trabalho, estimava-se que 1 em cada 200 mil pessoas utilizariam esse material para um tratamento de saúde no futuro.

No Brasil, das 3 mil indicações para transplante de medula óssea, anualmente, cerca de 1,7 mil não possui doador aparentado, o que exige espera. Afinal, a busca por um doador compatível pode levar em média seis meses, já que as chances de compatibilidade é de 1 em 100 mil nos bancos de medula óssea.

Caso os pais tenham optado pela preservação das células nos bancos privados, esse material fica disponível para utilização imediata. Se o paciente for a própria pessoa da qual foram colhidas as células do sangue do cordão umbilical, não há risco de não serem compatíveis. Já no caso de utilização das células para um irmão do doador, as chances de compatibilidade chegam a 40%. Comparativamente, a chance de compatibilidade de células-tronco provenientes da medula, entre irmãos, é de 25%.

Mas e se houver a herança genética, ou seja, se o ‘defeito’ estiver presente também nas células da criança? Essa é uma possibilidade, que pode se concretizar ou não. Entretanto, mesmo nesses casos, o autotransplante pode ser uma solução viável enquanto aguarda-se por doador compatível, aumentando a sobrevida, e estudos recentes mostram bons resultados com esse tipo de procedimento.

O fato é que há hoje tratamentos comprovados para mais de 80 doenças utilizando as células-tronco do sangue de cordão umbilical. Além disso, o site do governo americano clinicaltrials.gov registrava, até a elaboração desse texto, 291 protocolos de pesquisas clínicas utilizando esse material, voltadas para experimentos contra diversas doenças em humanos.

Mas, muito mais do que números e estatísticas, o que vai determinar a decisão do casal pela contratação ou não do serviço de criopreservação é sua visão estritamente particular sobre o assunto, que deve ir ao encontro dos valores pessoais, das expectativas com o futuro e das possibilidades financeira dos pais.

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