Conhecido como período de grandes alterações, depressões e mudanças corporais, o pós-parto, que pode durar de 10 a 15 dias, é marcado pela instabilidade emocional da mulher, que sofre com sua baixa autoestima devido à brusca alteração em seu corpo, em suas responsabilidades e na estrutura familiar. Para evitar ou abrandar um pouco esses sintomas, a prática de exercícios físicos, antes do parto e depois do resguardo, é essencial, desde que acompanhada por um profissional de confiança.

A maioria dos exercícios realizados durante a gravidez deve passar por um processo de adaptação para que respeite as limitações do corpo das mamães. Além disso, deve-se escolher aqueles mais completos ou então aliar os aeróbicos, ou cardiovasculares, com os anaeróbicos, ou musculares, para que haja perda de gorduras e calorias, aumento da resistência cardiorrespiratória, desenvolvimento dos músculos e combate incisivo à flacidez, tudo isso ao mesmo tempo.

Além do mais, não é qualquer exercício que pode ser a solução, pois sentir prazer durante a atividade é fundamental. “Gostar do exercício físico é algo muito importante para a eficácia da atividade, pois assim fica-se mais propensa a desenvolver uma consciência corporal, melhorando consideravelmente a saúde emocional. Mesmo porque uma gestante ativa ganha menos peso, dorme melhor, fica menos ansiosa e tem uma recuperação muito mais rápida”, afirma a professora de Educação Física e instrutora de pilates Gisely Machado.

Gisely explica que, por mais que fazer exercícios seja uma boa pedida, começar só após receber a notícia da gravidez não é aconselhável. O ideal é iniciar antes para que a atividade possa ser mantida durante a gestação, de acordo com o estado de saúde da mãe e a permissão do médico. Após a chegada do bebê, se o parto for normal, pode-se retomar a prática em poucos dias. Se for cesária, é necessário esperar 40 dias.